domingo, 22 de novembro de 2015

Faz tanto tempo que não passo por aqui... Quando olho esses textos antigos me vem certa nostalgia... Faz-me lembrar tantas coisas e tantas emoções afloram, vejo que meus textos eram meio que um refúgio um grito no silêncio, hoje meu blog está abandonado, pela falta de tempo e coisas em que se escrever (até tenho muitas coisas para escrever, não estou tendo é expiração), o que espero ter em breve e ter o que postar, para daqui a alguns anos entrar nele e reler o que vivi em um determinado tempo da minha vida.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Quando a esperança se vai


Um dia construímos nosso próprio jardim e plantamos tantos sonhos nele que não fomos capazes de colher. E eu te vi em meio a sua timidez e você me viu em meio aos livros e nos encantamos um com o outro.
E aos poucos fomos crescendo juntos e descobrindo o quando éramos limitados. E fizemos planos pra um futuro tão distante e pleno, escolhemos os nomes dos nossos filhos e fizemos até doutorado no nosso imaginário.
Nós poderíamos ter feito tantas coisas, que só ficaram no nosso imaginário, nós poderíamos ter visto mais ao por do Sol, viajado mais, ousado mais... Ter feito o que nós queríamos fazer.
Mas preferimos criar muros em cima das nossas vontades e culpamos primeiramente a falta de dinheiro, depois a falta de tempo, a falta de iniciativa um do outro e culpamos a jornada a nossa volta, mas a culpa era nossa. E nós dois permitimos que a perigosa teia da rotina nos envolvesse e nos prendesse como uma presa fácil, aos poucos, tínhamos preocupações demais, obrigações demais e devagarzinho íamos nos afastando de Deus, aos poucos os planos para o futuro já esmagavam o nosso presente, que ia se definhando. Acabamos percebendo que viver os planos não era viver o presente, que pensar no amanhã não era pensar no hoje.
E Eu fui deixando esse muro frio de obstáculos crescer entre nós e você viu eu me afogar, nas águas geladas de uma solidão interna que era só minha e preferiu se calar.
Hoje somos dois estranhos, porque a mágoa cobriu nossos rostos com as suas sombras, hoje não vemos mais o futuro porque o nosso presente não existe mais, agora nos restam ás lágrimas pelas coisas loucas e ousadas das quais não fizemos.


(Alessandra Almeida)

domingo, 30 de novembro de 2014

Ainda


Ainda somos nós apesar de todo esse tempo...

Ainda somos nós apesar das tantas coisas que não vivemos;

E apesar de tudo o que já perdemos e ganhamos, ainda somos nós;

E  hoje apesar de já se fazerem tantos anos desde que nos vemos pela ultima vez, ainda assim somos nós, com nossos sonhos e nosso amor pela música, com a nossa alma de criança ainda gritando dentro de suas próprias estranhezas, por coisas novas e felizes, ainda somos nós em busca de bolos de aniversários e das velinhas que tornaram o nosso tempo e os nossos anos tão rápidos que hoje em dia não as temos para apagar.

Ainda somos nós com nossa alma encharcada de saudades e questionamentos sobre como seriam as nossas vidas se houvéssemos crescido juntas.

Ainda somos nós, duas amigas com dificuldades de fazer novos amigos, seja em terra estranha ou no nosso próprio lar. Ainda somos nós com as mesmas histórias que se cruzaram há tanto tempo atrás e esse mesmo tempo não apagou.  Histórias de amigas que se conheceram aos três anos ou menos, a história de longos dez anos preenchidos somente por ausências e lembranças, e pela falta das conversas que a distancia nos roubou. Agora mais ainda somos nós, unidas novamente pelos mesmos laços de amizade que há muito tempo atrás nos alcançou.


(Alessandra Almeida)


“Este texto vai especialmente para minha amiga Aída Karlla”. 

terça-feira, 11 de novembro de 2014

"É muito mais difícil matar um fantasma do que uma realidade."



" Realmente, eu não gosto da natureza humana a menos que esteja toda temperada com arte". 
          

Virginia Woolf

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O prazer de viver



Aí você me pergunta o que é a vida?
A vida é uma sequência de desafios que enfrentamos continuamente, é um roteiro do qual não se escreve com antecedência, pois viver ultrapassa todos os limites da sabedoria e do entendimento.
          Que cada um dos seus dias sejam carregados de novidade de vida e que estas novidades também lhe tragam alegria e vigor e que acima de tudo você não tenha medo:
Medo da chuva, mesma que ela se torne uma tempestade, que você não tenha medo de errar e mesmo quando o tenha ainda assim tente, e erre e acerte e viva, e não se prive do doce sabor de vencer e de alcançar o que parecia ser inalcançável.
          Os prazeres da vida não vêem para pessoas comuns, eles só chegam para aquelas que realmente correm atrás, aquelas que somam as consequências, mas também que se permitem viver os excessos e os resultados que o inesperado nos traz. Seja o aventureiro de sua vida sem tirar os pés do chão, torne os limites menores do que eles realmente são e quando encontrá-los esteja disposto a transpô-los. 
          A vida é uma soma de atitudes que nos levam ao sucesso, mais além do que planejamos viver é ser surpreendido constantemente e estar pronto para isso, uma vida sem surpresas não teria graças não é mesmo? Portanto desfrute do amor e da paciência, seja comedido, mas às vezes também seja um louco, afinal os loucos mudam o mundo. Seja o escritor de sua história e torne-a a mais emocionante e agradável que alguém poderia ler. Viva o seu próprio Best-seller. 

(Alessandra Almeida) 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Abismo



Agora as feridas de um vento penetrante cortam a minha pele e sinto novamente vontade de brincar com esse frio, que atravessa minha face e leva pra outro lugar;
E novamente olho para além desse abismo e te vejo do outro lado e isso me parece ser tão perto, embora não seja;
E às vezes ser muito consequente não me convém, embora eu sempre queira ser;
E às vezes eu vivo contigo as palavras de um livro novo do qual eu nunca li;
E às vezes acordo não querendo sentir tua falta mais aí já é tarde, lá vem o vento de novo, trazendo as lembranças que você me causou de forma tão gentil;
 E quando me vejo estou fugindo desta brasa ardente presa aos meus pés, desta corda bamba, desta euforia perigosa, deste abismo entre nós; E quando me dou conta é pesado demais para que eu possa  leva-lo e quando percebo tenho cuidar, caso contrário, também irei cair. 
E finalmente quando tudo parece calmo e silencioso surge à lembrança de alguma coisa que teus olhos me disseram timidamente e meio sem querer...
 E quando percebo já é tarde demais e a culpa já me toma dentro das tuas lembranças.


(Alessandra Almeida)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014