domingo, 2 de agosto de 2009

Um coração de menino...




Certa vez conheci um amigo, mas este amigo não era nada comum, era diferente de qualquer um dos que eu já havia conhecido.
Eu nem sabia ao certo porque, mas desde o começo este amigo me inspirava confiança, me transmitia segurança para falar de dores e alegrias que certas vezes eu sentia.
Eu ficava a me perguntar: Como pode ser alguém tão grande, mas ao mesmo tempo ter o coração tão puro e sincero como o de criança?
Com ele aprendi que não adiantava teimar, afinal a sua teimosia era sempre superior e mais aguçada que a minha.
Percebi neste coração de menino que ele trazia consigo a mais bela pureza e intenção de ser sempre um grande amigo.
Mas em certa manhã nublada de sábado percebi que este meu amigo não estava mais lá, e senti a sua falta, por muitas vezes, senti que ele estava distante.
Tive medo que este coração de menino estivesse crescendo, e também tive medo que esta grande amizade por razão da correria do nosso dia-a-dia estivesse se perdendo.
Medo de não poder ver seu singelo sorriso como antes, de não poder jogar mais aquelas velhas conversas fora...
Mas algo aconteceu lembrei-me de certa frase que um dia eu havia lhe dito:
“Amigos que já nem os tenho ao meu lado, mas que ainda os posso sentir.”
Sentir que nada, nem mesmo o tempo, as tristezas, a correria poderia me afastar desta amizade...
Sentir que mesmo que ele encontrasse outros milhares de amigos melhores do que eu, ainda assim eu reivindicaria um espaço em seu coração.
E foi isso que eu fiz, fui buscar esse espaço, fui atrás deste meu velho amigo que estava longe, eu nem sabia ao certo o motivo, mas não era igual.
E um vento de esperança mandado por Deus o trouxe de volta e me mostrou que este coração era o mesmo que um dia eu conheci.
Esta esperança me fez ver o quanto ele é importante para mim e que mesmo havendo muitos motivos para ele se afastar eu sempre o buscarei, e sempre pedirei a Deus que seu coração de menino nunca mude.

(Alessandra Almeida C.Varella)

“Este texto vai para um amigo muito importante para mim, e que valorizo muito. Espero poder sempre contar com a sua amizade.”

Entre partir e ficar!




Eu quis estar a teu lado..
Quis te abraçar, e quis te dizer muitas coisas que só foram ditas em pensamentos.
Por muitas vezes quis que você estivesse aqui.
Mas você não estava.
Percebi que eram apenas lembranças batendo a porta.
Quis ter seu meigo e puro olhar por apenas poucos segundos,
Quis ter um doce sorriso, ou simplesmente um ombro amigo pra quando fosse chorar,
Mas tive que me contentar com o querer...
Tive que aprender que não se pode ter tudo que se quer.
Tive que aprender a não questionar a beleza da lua, e a parar de tentar contar as estrelas.
Tive que conhecer do que realmente se tratava a fé.
Apesar das lutas e dificuldades sempre tive que estar de pé.
Tive que entender que o tempo é igual pra todos, e que as suas velhas tristezas são coisas de um passado que jamais voltara , tive que aceitar que certas vezes partir ou ficar não é algo que possamos controlar, pois a vida nos faz continuar, pois seguimos,
Pois simplesmente partimos, ou simplesmente ficamos a vida nos dá a opção e nos apenas a abraçamos.
Às vezes as abraçamos por alegria, por esperança, às vezes por desespero ou por falta de opção, mas de alguma forma partir ou ficar muda tudo.
E quando se volta ao lugar de partida nada é igual, nem nos mesmos, tudo muda de alguma forma principalmente em nós.
E na maneira que passamos a enxergar as coisas.
Entre as muitas lágrimas de partir e de ver alguém ficar existe a esperança de algo melhor, existe a busca pela sabedoria.
E a vontade de poder voltar diferente e melhor do que quando partiu.
Junto da despedida vem à esperança de um dia haver um retorno, nem que seja breve.
Por um pequeno tempo, mas suficiente para ficar gravado em nossas mentes.
Suficiente para saber que apesar das muitas coisas que você viveu certos momentos pequenos, simples e especiais jamais serão esquecidos por seu coração.

(Alessandra Almeida C.Varella)