domingo, 30 de novembro de 2014

Ainda


Ainda somos nós apesar de todo esse tempo...

Ainda somos nós apesar das tantas coisas que não vivemos;

E apesar de tudo o que já perdemos e ganhamos, ainda somos nós;

E  hoje apesar de já se fazerem tantos anos desde que nos vemos pela ultima vez, ainda assim somos nós, com nossos sonhos e nosso amor pela música, com a nossa alma de criança ainda gritando dentro de suas próprias estranhezas, por coisas novas e felizes, ainda somos nós em busca de bolos de aniversários e das velinhas que tornaram o nosso tempo e os nossos anos tão rápidos que hoje em dia não as temos para apagar.

Ainda somos nós com nossa alma encharcada de saudades e questionamentos sobre como seriam as nossas vidas se houvéssemos crescido juntas.

Ainda somos nós, duas amigas com dificuldades de fazer novos amigos, seja em terra estranha ou no nosso próprio lar. Ainda somos nós com as mesmas histórias que se cruzaram há tanto tempo atrás e esse mesmo tempo não apagou.  Histórias de amigas que se conheceram aos três anos ou menos, a história de longos dez anos preenchidos somente por ausências e lembranças, e pela falta das conversas que a distancia nos roubou. Agora mais ainda somos nós, unidas novamente pelos mesmos laços de amizade que há muito tempo atrás nos alcançou.


(Alessandra Almeida)


“Este texto vai especialmente para minha amiga Aída Karlla”. 

terça-feira, 11 de novembro de 2014

"É muito mais difícil matar um fantasma do que uma realidade."



" Realmente, eu não gosto da natureza humana a menos que esteja toda temperada com arte". 
          

Virginia Woolf

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O prazer de viver



Aí você me pergunta o que é a vida?
A vida é uma sequência de desafios que enfrentamos continuamente, é um roteiro do qual não se escreve com antecedência, pois viver ultrapassa todos os limites da sabedoria e do entendimento.
          Que cada um dos seus dias sejam carregados de novidade de vida e que estas novidades também lhe tragam alegria e vigor e que acima de tudo você não tenha medo:
Medo da chuva, mesma que ela se torne uma tempestade, que você não tenha medo de errar e mesmo quando o tenha ainda assim tente, e erre e acerte e viva, e não se prive do doce sabor de vencer e de alcançar o que parecia ser inalcançável.
          Os prazeres da vida não vêem para pessoas comuns, eles só chegam para aquelas que realmente correm atrás, aquelas que somam as consequências, mas também que se permitem viver os excessos e os resultados que o inesperado nos traz. Seja o aventureiro de sua vida sem tirar os pés do chão, torne os limites menores do que eles realmente são e quando encontrá-los esteja disposto a transpô-los. 
          A vida é uma soma de atitudes que nos levam ao sucesso, mais além do que planejamos viver é ser surpreendido constantemente e estar pronto para isso, uma vida sem surpresas não teria graças não é mesmo? Portanto desfrute do amor e da paciência, seja comedido, mas às vezes também seja um louco, afinal os loucos mudam o mundo. Seja o escritor de sua história e torne-a a mais emocionante e agradável que alguém poderia ler. Viva o seu próprio Best-seller. 

(Alessandra Almeida) 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Abismo



Agora as feridas de um vento penetrante cortam a minha pele e sinto novamente vontade de brincar com esse frio, que atravessa minha face e leva pra outro lugar;
E novamente olho para além desse abismo e te vejo do outro lado e isso me parece ser tão perto, embora não seja;
E às vezes ser muito consequente não me convém, embora eu sempre queira ser;
E às vezes eu vivo contigo as palavras de um livro novo do qual eu nunca li;
E às vezes acordo não querendo sentir tua falta mais aí já é tarde, lá vem o vento de novo, trazendo as lembranças que você me causou de forma tão gentil;
 E quando me vejo estou fugindo desta brasa ardente presa aos meus pés, desta corda bamba, desta euforia perigosa, deste abismo entre nós; E quando me dou conta é pesado demais para que eu possa  leva-lo e quando percebo tenho cuidar, caso contrário, também irei cair. 
E finalmente quando tudo parece calmo e silencioso surge à lembrança de alguma coisa que teus olhos me disseram timidamente e meio sem querer...
 E quando percebo já é tarde demais e a culpa já me toma dentro das tuas lembranças.


(Alessandra Almeida)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Hoje um pouco mais feminista







(Imagem de Letícia Resende:  http://elzaleticia120.blogspot.com.br/2013/12/camila-camila.html)




Hoje meu texto será mais uma crítica...

 Muitas vezes a nossa sociedade nos insere em sistemas tão alienantes que nos tornamos vitimas deles e o pior ainda os defendemos como se realmente estivéssemos cientes do que se passa à nossa volta, ontem ao ler o texto da Cláudia Regina Fotografa do Rio de Janeiro (http://papodehomem.com.br/como-se-sente-uma-mulher/) mudei drasticamente minha forma de pensar e ver o feminismo. 
Quantas vezes somos vitimas de cantadas medíocres, de olhares que nos constrangem quantas vezes já sentimos medo de ir e vir em determinados lugares pelo simples fato de ser mulher, pelo assédio, pela vergonha e pior ainda é que por ser uma situação tão comum até nem ligamos mais, nem ficamos mais bravas porque simplesmente acontece sempre, quantas vezes você vê um homem encostado em um canto do ônibus com medo de ser assediado ou roubado por uma mulher? Quantas vezes vemos na própria igreja homens cuspindo sobre sua superioridade e mulheres desesperadas pois logo não estarão mais em idade apropriada para casar, ou então aquela velha frase idiota: Até uma certa idade mulher escolhe depois é escolhida!.  Tantas observações que parecem pequenas, mas que criam uma repreensão que muitas vezes nós mulheres independentes, esclarecidas e cientes da palavra de Deus acabamos de certa forma nos sujeitando, a sociedade tem por costume muitas vezes distorcer a palavra de Deus, a bíblia fala sim que a esposa deve estar submissa ao seu marido, mas graças á Deus um dia tive esclarecimento sobre isso, esta submissão é em ESPÍRITO, se o esposo estiver com o espírito Santo de Deus em sua vida irá amar sua esposa como Cristo amou a sua igreja, caso o contrário não, ele irá apenas reprimi-la e tratá-la como um ser inferior e frágil do qual será de costume pisa-la e diminuí-la diante da sociedade e diante dos outros com o objetivo de sentir-se bem e por cima.
Esta imagem feita por Letícia Resende retirei da página do facebook: Moça você é machista, e realmente algumas vezes somos mesmo e nem percebemos isso, criamos uma imagem de feministas loucas, lésbicas, mostrando os peitos e peludas e esquecemos o real foco que é a luta da mulher por um lugar na sociedade, por uma voz em meio a multidão, por igualdade  em todos os sentidos seja nas divisão das despesas, seja no trabalho, seja nas decisões de como vou sair vestida na rua hoje, muitas vezes por causa de algumas o foco se perde e ficamos impedidas de entender do que realmente se trata a luta pelos nossos direitos.

A imagem fala da Música Camila, quantas vezes cantei essa música e nunca me dei conta da profundidade da letra da sua história de todo drama que existe por trás dela:
“E eu que tinha apenas 17 anos baixava minha cabeça pra tudo, era assim que as coisas aconteciam, era assim que eu via tudo acontecer... Camilaaa, camila, camila”.

Não podemos deixar as lembranças do espelho de marcas do passado atingirem as Camilas, pois muitas delas não têm voz.



(Alessandra Almeida) 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Outros sonhos de um castelo


 E você cria os seus fantasmas e às vezes até tento fugir deles...
Ás vezes eles até me incomodam até me irritam, mas quando percebo te vejo sem eles e quando me vejo estou dançando em suas notas musicais, estou correndo em meio ao aroma dos lírios que você plantou por este caminho.
Quando percebo já estou neste teu castelo encantado, construído por palavras difíceis e alguns poucos de sombras e quando me vejo já estou navegando nesse mar de sonhos utópicos que o rodeia...
E quando me vejo já estou chorando os teus dramas...
E quando me vejo neste teu castelo sou mais do que aquilo que vejo...
E vejo um passado não tão distante não tão longínquo, tão parecido comigo e ao mesmo tempo tão distinto...
E quando me vejo já estou em outro tempo, outro dia, outros sonhos, outras horas mais ainda assim ligada a ti pelos mesmos pesadelos e alegrias que nos motivam neste teu dramático olhar de poeta.

 (Alessandra Almeida)