Hoje, mas do que em outros dias falarei
sem medos ou freios, sem amarras, de forma franca, das expressões as quais eu
mesma não conseguirei expressar, explicar o indecifrável.
“As palavras de um reprimido existem, e ecoam em algum lugar no qual elas merecem ser ouvidas:
Dentro de si próprio;
Até que um dia elas criam asas e
voam, e quando elas voam partem maduras e capazes de se firmarem, mesmo que haja
milhares de outras ideias contrárias ao seu redor”.
Um dia conheci um jovem, no meio de
tantos outros poderia ser apenas mais um...
Mas não,ele era diferente.
Embora de
suas palavras jorrassem contos engraçados havia no seu olhar uma faísca de
tristeza um tanto escondida atrás de algumas paredes de filosofia e inteligência...
Esse jovem apesar de ser jovem
carregava milhares de anos nas costas, carregava uma experiência de vida triste e também sabedoria de ancião.
Embora sua vontade compulsiva
pelo conhecimento me aproxime da sua amizade, algumas vezes também o afasta de
mim.
Um dia percebi, aliás, talvez já
houvesse percebido antes e não queria enxergar, que este jovem tem a incrível capacidade
de ver o lado escuro tudo e todos, inclusive o meu, apesar disso não posso
desistir de ao menos tentar lhe mostrar o lado iluminado das pessoas, não posso,
por que quando me proponho a ser amiga não sou aos pedaços, ou sou toda ou não
sou!
Existe uma razão incrustada naquele olhar, e o que eu posso fazer a respeito....? Nada, além de orar e
esperar que um dia ele veja além do escuro o lado colorido, o lado bobo,
alegre, infantil e utópico da vida, diante disso surge a pergunta: Será que
isso existe nesta vida? Se existir estou correndo atrás, caso contrário ainda
estarei em busca de tudo isso para outra vida;
Espero:
Um olhar mais feliz
Que consigamos correr 15 km;
As piadas de faltar o
folego;
Tirar o coco da tapioca
até chorar de rir;
E espero que a razão da sua ciência
e a certeza da minha fé não abalem os tantos motivos pelas quais a nossa
amizade se firmou...
Ao meu amigo Jovem.
(Alessandra Almeida)
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