sábado, 18 de outubro de 2008

Éramos crianças com grandes sonhos

Éramos pequenos leves e felizes
Éramos apenas crianças com sonhos impossíveis,
Sonhos de crianças, mas objetivos de adultos,
Os sonhos mais engraçados e ocultos, sonhos de dominar o mundo.
Sonhos de quem acredita que tudo que desejasse poderia realizar.
Sonhos que não se podiam explicar,sonhos de até mesmo poder voar.
Desde uma chuva de sorvete, viajar em um foguete, dar a volta ao mundo,
Ou simplesmente deixar de ser mudo, deixar de calar-se de aceitar de ficar apenas olhando, enquanto o mundo lá fora está matando e roubando.
Sonhávamos com um belo mundo de igualdade onde fossemos felizes por viver sem egoísmos e incredulidades, diferenças ou marginalidades.
Sonhamos em chegar à lua ou simplesmente em não ver mais a criança mendigando na rua.
Sonhamos com coisas tão simples e ao mesmo tempo tão difíceis, coisas que por nós eram inatingíveis.
Alimentamos nossos sonhos de um dia perfeito de uma música tocando junto ao som de um violão, e que tocasse também em nosso coração na nossa melhor estação do ano, nos tínhamos tantos planos.
Planos que com o tempo foram desfeitos, planos que nunca poderão ser feitos.
Pois crescemos e nossos sonhos encolheram, nossas vozes de protestos e revolução foram engolidas, e com o passar do tempo surgiram novas feridas,
E os sonhos de criança o que deles fizemos?
Os sonhos de criança aos poucos esquecemos, não porque quiséssemos, mas porque não encontramos outro caminho que nos permitisse sonhar,porque a realidade tornou-se dura demais para que conseguíssemos acreditar.
Talvez seja essa dura sociedade que não nos deixou continuar,
Com seus princípios e preconceitos nos fez covardes, prisioneiros de uma triste verdade que se limita a ter o pão de cada dia, que se limita em saber se vai escapar de certas agonias, que se vive no decorrer do dia, da bala perdida, da conta de luz e água que logo estará vencida, de ilusões sofridas de falsas paixões que nos causaram feridas,
Ou de ver que não a dinheiro pra fazer a faculdade de doutor, de ver que cada um está preocupado apenas com a sua dor, e que o mundo esqueceu de olhar para aquelas crianças sonhadoras que eles com suas ironias e corrupção nunca deram atenção.
Saudades dos sonhos de criança, do tempo que pra tudo se tinha mais esperança.
Saudades daqueles banhos de chuvas, tempos esses felizes,
Saudades dessas nossas amadas raízes, de uma infância perfeita.
Sem maldades ou ambição, onde não haviam tirado da criança a verdade ou a esperança de mudar toda uma geração.


(Alessandra Almeida)

2 comentários:

Mari Delfante disse...

Alessandra, parabéns pois esta mensagem é a pura verdade, qual criança nao tem um grande sonho?
Me fez relembrar os tempos q fui criança.
Um grande abraço.

Alessandra Almeida disse...

Olá Mari.
É verdade toda criança traz dentro de si um grande sonho.
Tenho saudades dessa época tão boa!
muito obrigada pelo seu comentário.
um abraço e seja sempre bem vinda.